terça-feira, 29 de novembro de 2011

Sobreviver



"Se o amor é verdadeiro não existe sofrimento."
Renato Russo

É estranho quando se ama alguém e simplesmente não se sabe o que fazer com tudo isso, como viver sabendo que existe alguém tão especial que se tornou vital para sua vida? Como dominar e aprender a conviver com todos esses sentimentos?
Cada pessoa se conhece, sabe aonde é seu ponto fraco e sabe como sobreviver sabendo que existem fraquezas. Muitas vezes as pessoas vivem tanto de apenas uma maneira e se esquecem que existem outras opções. Elas não estão erradas em não querer mudar. Mudar pode ser doloroso, se você está sofrendo, pelo menos a dor é conhecida, mas e se você muda? Qual outra dor você pode sentir? Será que você é forte o suficiente para aguentar?
As pessoas tendem a ficar o maior tempo possível de apenas uma maneira. Elas estão confortáveis assim, mas até quando?E quando se tornar insuportável? Como você vai fazer? Vai apenas fingir que está tudo bem? Vai tentar mudar?
A vida não foi feita para acertar ou errar a vida foi feita para se sobreviver. Então planeje menos e viva mais. Ame mais e sofra menos. Ou simplesmente SOBREVIVA.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Diana e Leandro -5-



"A amizade é semelhante a um bom café; uma vez frio, não se aquece sem perder bastante do primeiro sabor."
Immanuel Kant

Diana combinou de se encontrar com Francisco para conversar num pequeno café local. Um lugar simples e aconchegante e que o melhor de tudo servia um bom café.
Diana e Francisco eram bons amigos, se conheciam desde a adolescência e mesmo a vida dos dois tomando rumos totalmente diferentes eles ainda conseguiam se encontrar regularmente.
Francisco também tinha ido estudar fora, mas retornou assim que se formou, mais ou menos dois anos atrás, para guiar os negócios da família.
Os dois costumavam conversar sobre qualquer coisa, mas naquele dia Francisco percebeu que Diana estava diferente.
- Diana, está acontecendo alguma coisa?
- Estou confusa.
- Com o que?
- Lembra aquela festa que nós fomos semana passada?
- Claro, como eu ia esquecer que você ficou com o pirralho?
- Tonto.
- Tá, o que tem aquela festa?
- A festa nada, o que tem é o pirralho.
Francisco fez uma cara de que não entendeu nada.
- Não entendi.
- Acho que estou gostando dele.
- O que? Diana...
- Não se sinta no direito de me julgar.
- Não estou julgando, só estou... ann... SURPRESO.
- Não imaginava que seria diferente.
- É estranho, achei que você tinha superado sua fase infantil.
- Está me julgando já.
- Não é isso, só achei que sei lá, que seria diferente.
- Diferente como?
- Não imaginava que você ia voltar pra cá e morrer de amores por um carinha de 20 anos, sei lá.
- Na verdade não faço a mínima ideia da idade dele, e outra, não estou morrendo de amores por ele, só gostei bastante de ter ficado com ele.
- Vocês dois estavam bêbados.
- Não importa, queria reencontrar ele de alguma maneira.
- Ele já foi a uma das lojas dos meus pais, acho que ele chama Leonardo.
- Eita, o nome dele eu sei, é Leandro.
- Isso mesmo.
- Confundiu a dupla sertaneja né?
- Totalmente.
- Fran, já vou indo, tenho uma consulta logo mais.
- Ok flor, me liga depois para contar o final dessa sua novela.
- Nossa Como você é engraçado. Estou morrendo de rir.

Despediram-se e cada um tomou seu rumo. Diana sabia que ela tinha falado demais, mas ela confiava em Francisco.
Ficou pensando que mais uma vez o assunto foi ela e nem se preocupou em saber como andava a vida dele. Prometeu a si mesma que começaria a cuidar melhor dos amigos daquele dia em diante.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Diana e Leandro -4-




"Quero ter alguém com quem conversar. Alguém que depois não use o que eu disse contra mim"
Renato Russo

Diana simplesmente abriu a porta do quarto de seu irmão. E começou a falar tudo que estava com vontade, tudo que há muito tempo queria falar.
- Você simplesmente não tem o direito de fazer isso. Você não percebe que isso só está destruindo a sua vida? O que você quer com isso? Atenção? Aceitação? O que é?
Será que você simplesmente não percebe que isso não afeta somente você? A partir do momento que você se envolveu nisso, você envolveu todo mundo que gosta de você ou que de alguma maneira se importa com sua vida. Então não fique ai pensando que você está certo ou que você tem o direito de fazer isso. Porque você não tem esse direito.
Você sempre teve tudo que precisou e muito mais que isso você teve atenção, amor, carinho e muito mais do que várias outras pessoas. Então não fique agindo como um perfeito idiota. Sim você já errou, mas não importa. Aceite seus erros e tente corrigir isso.
Será que você não percebe como muitas outras pessoas estão sofrendo com isso? Por favor, volte a ser quem você era. Volte a ser aquela pessoa maravilhosa, Volte a ser aquele alguém que eu admirava, alguém do qual eu tinha orgulho de conhecer. Alguém do qual eu por muito tempo tive orgulho de amar, mas que atualmente eu simplesmente não consigo nem ao menos reconhecer.
Não me faça aceitar que você simplesmente entrou em um caminho sem volta. Porque eu não vou desistir de você. Eu me recuso a aceitar que aquela pessoa que eu amava simplesmente desapareceu e que isso em que você se tornou é algo definitivo.
Enquanto você quiser levar essa vida você pode simplesmente esquecer que eu existo. Mas no momento em que você quiser mudar e precisar de ajuda eu estarei aqui para te ajudar, somente esperando o momento de reencontrar aquela pessoa tão especial, aquela pessoa da qual eu sempre me orgulhei.
E foi dessa maneira que Rodrigo começou a perceber que ele não estava sozinho e que podia contar com Diana.
Diana se sentia bem por ter conseguido falar tudo que queria e o olhar de Rodrigo dizia que de alguma maneira ele tinha entendido tudo.
Diana saiu sem nem deixar Rodrigo responder alguma coisa, ela somente tinha a certeza que tinha feito a coisa certa.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Diana e Leandro -3-




"Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar."
Machado de Assis

Leandro estava se exercitando como todo final de dia, corria em torno de quatro ou cinco quilômetros,
Achava-se a pessoa mais superior do mundo por ter um corpo bem definido de acordo com os padrões da sociedade. Mas nesse dia não conseguia se concentrar. Correr sempre era o momento dele só correr e não pensar em mais nada. Mas hoje tudo estava diferente aquela maldita menina loira de olhos azuis não saia de sua cabeça. Já tinha se passado dois dias desde que se viram pela única e ultima vez, mas Leandro conseguia relembrar todos os detalhes daquela noite, mesmo com o elevado teor alcoólico no seu sangue.
Vivia “pegando” geral e nunca se apegava, mas porque dessa vez teve que ser tudo diferente? Porque ele não conseguia simplesmente esquecer ela e continuar vivendo como sempre fez?
Passou correndo em frente ao clube aonde a conheceu, um lugarzinho de fachada antiquada e estrutura meio rústica, Mas naquela cidade era a única opção que mais se aproximava de uma balada de verdade. Então acabava que toda cidade praticamente se encontrava ali.
Continuou correndo até chegar a sua casa, do mesmo jeito que chegou pegou uma maçã e se jogou na cama, tudo isso era tão estranho para ele. A imagem de Diana parecia um fantasma em sua cabeça. Por mais que se esforçasse, ela não saia de seus pensamentos.
Sua Mãe abriu a porta do quarto e o observou por alguns instantes.
- Ô seu porco, não vai tomar banho não? Olha a catinga que está esse quarto! Disse sua mãe num tom brincalhão.
Ele riu.
- Já vou. Respondeu
Sua mãe dá um tapa na perna dele para se afastar e se senta no pé da cama.
- Le, ta tudo bem com você? Ultimamente você anda tão quieto. Mal consigo notar sua presença dentro dessa casa, e você sabe como você é barulhento.
Novamente ele riu.
- Sim mãe, ta tudo certo comigo, é impressão sua, estou normal como sempre.
- Le, você sabe que não me engana, eu não sou idiota eu sei quando meu filho não está bem ou está diferente.
Leandro se levantou da cama deu um beijo no rosto da sua mãe e disse num tom bem brincalhão:
- Relaxa Gata, está tudo certo. Vou tomar um banho agora depois nos falamos.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Diana e Leandro -2-



"Cuidado com a tristeza. Ela é um vício."
Gustave Flaubert

Diana estava voltando para casa depois de mais um dia de trabalho. Enquanto dirigia observava como aquela cidade era linda e tinha feito parte da vida dela por tanto tempo. Era aproximadamente dezenove horas, quando estava passando perto de uma das quadras poliesportivas da cidade. Observou alguns rapazes jogando futebol, por um minuto se pegou desejando que Leandro estivesse com eles, diminuiu a velocidade e passou observando atentamente os rapazes até que teve certeza de que ele não estaria ali, Se sentiu uma idiota por ter ficado triste por não o ver, mas também ficou pensando no que ela faria se ele estivesse ali, ficaria só observando? Ou daria um oi?
Diana acelerou o carro e foi para casa, chegando lá ainda nem tinha estacionado direito e já ouvia gritos vindos de dentro de sua casa, Mais uma das intermináveis brigas entre seu irmão mais novo e seus pais, Seu irmão era um dependente químico, E por mais que tentasse não conseguia entender a cabeça de seu irmão.
Seu irmão tinha 16 anos, Diana por mais que se esforçasse não conseguia se lembrar quando parou de reconhecer seu irmão, um jovem tão bonito e educado ter se transformado em um ogro. Vivia brigando com os pais por causa de dinheiro. Diana já tinha dado falta em algumas pequenas quantias de dinheiro que ela deixava sobre a cômoda, Mas preferiu ficar quieta, não conseguia ter forças sequer para pensar em ver mais brigas e discussões. Desde que tinha retornado para a cidade seu irmão se recusava a falar com ela, Quando tinha saído de casa seu irmão ainda não tinha onze anos completos e era uma criança linda e amorosa. Quando ele tinha se tornado aquilo? E porque ele se recusava a falar com ela?
Diana respirou fundo e abriu a porta.
- Pai, mãe o que está acontecendo dessa vez? Eu não tinha nem entrado direito na garagem e já conseguia escutar os gritos.
Por mais que já soubesse a resposta ficou ali parada aguardando uma resposta. Porém nenhuma resposta surgiu, Marcos seu irmão bateu a porta do quarto e ficou por lá. Seu pai simplesmente se sentou. E sua mãe parecia ter caído no sofá chorando, Diana conseguia ver a expressão de cansaço de seus pais e se sentia muito culpada de não poder fazer nada. Por mais que se esforçasse muito, seu irmão se recusava a sequer responder um “bom dia” para ela.
Diana sentou do lado de sua mãe a abraçando tentando consolar.
- Eu não tenho mais forças. Sua mãe lhe disse entre lagrimas.
- Claro que tem mãe, vamos conseguir passar por essa juntos. Todos nós. Disse isso entendendo a mão para seu pai que continuava sentado com sua expressão de esgotamento.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Diana e Leandro




"Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração."
Legião Urbana

Diana estava em mais um dia de trabalho, no alto dos seus 24 anos nunca imaginou que ficaria tão abalada por uma criança praticamente, Leandro estava com seus 18 anos, ainda no ensino médio, tentando decidir o que faria de sua vida. Enquanto Diana já estava a um ano formada, com sua pequena sala no hospital local, Psicóloga, atendia crianças ricas para poder realizar o sonho de sua vida, fazer trabalho voluntário com crianças pobres.
Ela sabia muito bem aonde queria chegar e estava disposta a tudo para conseguir seu “lugar ao sol”. Fazia de tudo para viver do modo que amava, enquanto isso Leandro lutava para não reprovar mais uma vez, já tinha decidido que queria fazer faculdade, só faltava descobrir qual curso.
Diana tinha muita vergonha disso, mas era apaixonada por livros românticos desses de chorar por horas enquanto lê a desgraça do amor alheio. Leandro não, nunca tinha pegado um livro em sua vida para ler, a menos que fosse obrigado. E ia todos os dias jogar futebol com os amigos.
Uma coisa em comum eles tinham, eram loucos por bebidas, festas e muita curtição, Possuíam personalidades totalmente distintas, mas alguma coisa os uniu.
Diana não podia acreditar que tinha se envolvido com um rapaz seis anos mais novo e que ela tinha o conhecido em uma festa enquanto estava muito bêbada. Leandro Também não conseguia parar de pensar em Diana desde o dia em que se viram pela primeira vez.
Diana tentava se concentrar no trabalho, seu primeiro paciente deveria chegar em alguns minutos. Ela deveria estar revendo a ficha daquela criança, mas ficou apenas segurando a ficha observando um ponto na folha sem nem mexer os olhos.
Leandro não conseguiu prestar atenção em sua aula de matemática, todos aqueles números na frente dele, só se embaralhavam. E pra qualquer que fosse o lugar para qual ele olhava se pegava pensando em Diana.
Como aquilo poderia ter acontecido? Ambos moravam na mesma cidade pequena e pacata do interior. Diana tinha passado cinco anos de sua vida fora, estudando e só tinha regressado para sua cidade há seis meses, Leandro morava na cidade a pouco mais de dois anos. Como podia em seis meses morando naquela pequena cidade não terem se visto antes?
Uma coisa era fato, independente de qualquer coisa, eles se amaram desde a primeira vez que se viram, e isso era a pior coisa que podia acontecer para eles.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

São Lembranças - Parte 3




“A alma resiste muito mais facilmente às mais vivas dores do que à tristeza prolongada.”
Jean Jacques Rousseau

Francisco sempre fez o possível e o impossível para as coisas funcionarem. Estava sempre disposto a ajudar e tentar colocar as coisas em ordem. Muitas vezes as pessoas não percebiam que ele também precisava de ajuda. Ajudar as pessoas o tempo todo era cansativo. Francisco nunca reclamava de ajudar, só se sentia mal por muitas vezes ele precisar de ajuda e ninguém perceber. Francisco não era o tipo de pessoa que pedia ajuda. No fundo ele sempre imaginava que perceberiam. Mas isso nunca acontecia.
Francisco vivia sempre cercado de pessoas maravilhosas, mas isso não era o suficiente. Sentia-se sempre muito sozinho. Ele acreditava que sempre sobrava e que era uma peça indiferente, uma peça que caso faltasse não faria diferença alguma, Uma peça que não completava nada.
Ninguém nunca soube que Francisco se sentia assim. Foi tentando fazer as coisas funcionarem que acabou realmente ficando sozinho. Muitas vezes ele só deveria ter deixado as coisas acontecerem. Ele devia se comover e não se envolver.

domingo, 6 de novembro de 2011

São lembranças - Parte 2



"Não fale bem de mim, irá estragar minha reputação"
John Constantine

Tudo sempre valia a pena, qualquer minuto juntos era algo grandioso. Se ajudavam e podiam conversar sobre qualquer coisa, era algo realmente estranho.Eram praticamente irmãos que se escolheram.
Era comum se chamarem de brother, brow, bro ou até mesmo irmão. Pois era assim que eles realmente se sentiam.
Tudo parecia verdadeiramente certo. E realmente estava.
Todos tinham problemas, algumas vezes mais do que o normal, mas isso não importava. Se ajudavam e as coisas ficavam mais "leves". Tudo funcionava bem.
Até mesmo grandes amizades sofrem abalos,mas nunca nada parecia ser tão destruidor assim, mas dessa vez era tudo tão diferente, eles sentiam que por mais que tentassem nunca mais conseguiriam colocar as coisas em ordem. Era estranho saber que dessa vez estava realmente tudo acabado, Silvana não parecia ser esse tipo de garota,mas era. Namorava Guilherme algumas vezes, outras vezes namorava Renato. Francisco sabia de tudo e não se sentia no direito de interferir em nada. Era estranho o jeito como Silvana conseguia fazer o que quisesse com todos, Seu "poder" era tão grande que pessoas como Diana e Leandro acabaram sendo diretamente afetados e eles nada tinham de ligação com a história inicial. Silvana foi um verdadeiro furacão que conseguiu estragar tudo por onde passou. Hoje Leandro e Diana não estão mais juntos, os antigos melhores amigos nem se conhecem mais, pelo menos fingem isso.
Era estranho como uma única peça poderia estragar mais de um jogo.
Mas, assim era Silvana, ela conseguia tudo que queria e sempre estava disposta a pagar o preço necessário.

São lembranças - Parte 1




"A amizade duplica as alegrias e divide as tristezas."
Francis Bacon

Eram três amigos, totalmente inseparáveis, Francisco, Guilherme e Renato. Era incrível como eles estavam sempre juntos e o mais estranho é que eles eram totalmente diferentes, mas algo os unia, não se importavam do fato de serem de mundos totalmente diferentes.
Guilherme, o pobre menino rico. Ainda não tinha encontrado o sentido para a sua vida, mas tentava. Estava sempre disposto a ajudar todos e muitas vezes se esquecia de que ele também precisava de ajuda.
Renato, ex-rico, ex-atleta, ex-playboy e atual uma das melhores pessoas do mundo. Precisou perder tudo para começar a entender o valor das coisas.
Francisco, talvez o que tinha a vida mais sem graça dos três, mas era uma peça fundamental para que tudo desse certo.
Brigavam, discutiam, riam, bebiam, festejavam e aproveitavam muito a vida.
Derrepente tentaram colocar uma quarta peça nesse jogo e tudo desandou. A quarta peça não era uma peça ruim, era só uma peça que sobrava, muitas vezes ela se encaixava com a peça um e outras com a peça dois, mas nunca se encaixava com a peça três. Essa nova peça acabou separando as outras peças.
No fim das contas a culpa não era de ninguém,só que já estava tudo perdido. Cada amigo tomou um caminho diferente na vida.
Hoje cada um tem a vida que imaginou que teria,única diferença é que de melhores amigos se tornaram apenas conhecidos. Hoje todos se lamentam pelo ocorrido. Sempre surge aquela vontade de ligar e tentar fazer tudo voltar a ser certo, mas atualmente o certo é o errado e todos se lembram com saudades da época que passou e que poderia ter sido diferente. As boas lembranças ficaram, única coisa que guardavam do tempo bom que passaram.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

E é o fim, e é o fim




“Toda rosa é rosa porque assim ela é chamada
Toda Bossa é nova e você não liga se é usada
Todo o carnaval tem seu fim
Todo o carnaval tem seu fim
E é o fim, e é o fim”
Los Hermanos


Me sinto idiota escrevendo isso, mas com que direito você fez isso comigo? Sempre nos amamos. Pelo menos eu sempre te amei. E se você não me amava qual o motivo de continuar comigo? Sempre fiz o máximo para te agradar e fazer você se sentir bem. Eu gostava de te ver bem. E gostava mais ainda do fato de você me fazer bem. Quando tudo isso mudou? Quando foi? Eu não consegui perceber. Eu achava que estava tudo bem e certo entre a gente, mas não estava.
Você deveria ter me avisado que não estava tudo bem, deveria ter demonstrado, mas você simplesmente um dia foi embora e disse que não voltaria mais. Você pensou em mim por algum momento? Pensou em como eu iria me sentir?
Você simplesmente pegou anos de história, de alegria, de cumplicidade e principalmente de amor e jogou tudo no lixo, como se isso não tivesse significado nada. Só queria entender o motivo de tudo isso.
Independente de qualquer coisa só quero que saiba que eu fui fiel todo esse tempo, fui fiel aos meus sentimentos e fui fiel a você. Infelizmente não deu certo, mas eu fiz de tudo para dar. Talvez meu erro tenha sido esse eu me entreguei totalmente ao que eu sentia. Só lamento por tudo.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Construção de cultura

Todos nós temos consciência e queremos a felicidade, mas nem todos tem a primeira inserida na segunda. Cheguei a conclusão de que essa inserção é fundamental para a construção de uma cultura de mundo justo.

Considere uma pessoa que tem consciência e felicidade separados. Essa pessoa não precisa ter a consciência limpa de seus atos para ser feliz. Considerando que todos buscam a felicidade, ela o faria sem ter consciência de todos os seus atos; assim, poderia cometer atos que ferem a sua consciência sem se dar conta disto.

Uma pessoa (que ainda não tenha) pode ter a consciência inserida na felicidade. É um processo em que ela coloca sua consciência a frente da própria felicidade, cabendo a ela concluir o porquê. Com o tempo a consciência dela se adere à felicidade, assim, se insere.